Ponte Ferroviária de Alcácer do Sal
Ponte Ferroviária de Alcácer do Sal | |
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Ponte de Alcácer do Sal, em 2008. | |
Nome oficial | Ponte de Alcácer do Sal |
Arquitetura e construção | |
Mantida por | Rede Ferroviária Nacional |
Início da construção | Novembro de 1903 |
Data de abertura | 1 de Junho de 1925 |
Geografia | |
Via | Linha do Sul |
Cruza | Rio Sado |
Localização | Junto à localidade de Alcácer do Sal, em Portugal |
Coordenadas |
A Ponte Ferroviária de Alcácer do Sal, também conhecida por Ponte de Alcácer ou Ponte de Alcácer do Sal, é uma infraestrutura ferroviária da Linha do Sul, que cruza o Rio Sado junto à cidade de Alcácer do Sal, em Portugal.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Antecedentes e planeamento
[editar | editar código-fonte]Os primeiros planos para a instalação de uma ligação ferroviária ao longo do vale do Rio Sado contemplavam apenas a construção da linha até Alcácer do Sal, com uma interface rodo-fluvial na margem do rio.[2] Posteriormente, ponderou-se a continuação da Linha do Sado até Garvão[2]
Construção e inauguração
[editar | editar código-fonte]As obras da Linha do Sado iniciaram-se no seu extremo Sul, em Garvão, e continuaram para Norte até à margem esquerda do Rio Sado, onde foi instalada uma estação provisória para servir Alcácer do Sal, que entrou ao serviço em 14 de Julho de 1918.[2] Em 25 de Maio de 1920, foi inaugurada a estação definitiva de Alcácer do Sal, na margem direita, sendo o rio atravessado por uma ponte provisória, com grandes restrições de uso.[2] Originalmente, previa-se que a ponte definitiva iria ser inaugurada em 31 de Maio de 1925, mas a cerimónia foi atrasada devido às cerimónias fúnebres do político João Chagas,[3] tendo sido feita em 1 de Junho desse ano.[2][4] O tabuleiro metálico foi fornecido pela Alemanha, como parte das reparações da Primeira Guerra Mundial.[5]
Século XXI
[editar | editar código-fonte]Em 26 de Outubro de 2010, um serviço de transporte de carvão, com destino à Central Termoeléctrica do Pego, descarrilou junto à ponte. Os trabalhos de remoção dos destroços e reparação da via férrea e da ponte demoraram cerca de três semanas, durante as quais a circulação ferroviária esteve suspensa neste lanço, tendo sido necessário utilizar a Variante de Alcácer.[6][7][8]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- REIS; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. [S.l.]: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
Referências
- ↑ Ficha na base de dados SIPA
- ↑ a b c d e TORRES, Carlos Manitto (16 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1684). Lisboa: Gazeta dos Caminhos de Ferro. p. 91-92. Consultado em 6 de Maio de 2024
- ↑ «O novo horario» (PDF). Correio do Sul. Ano 6 (370). Faro. 31 de Maio de 1925. p. 1. Consultado em 6 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve
- ↑ REIS et al, 2006:62
- ↑ SOUSA, José Fernando de (16 de Maio de 1934). «Estudos ácêrca dos Caminhos de Ferro do Estado» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1114). p. 267-268. Consultado em 13 de Setembro de 2012
- ↑ «Circulação ferroviária restabelecida em Alcácer do Sal três semanas após acidente». Público. 15 de Novembro de 2010. Consultado em 13 de Setembro de 2012[ligação inativa]
- ↑ CIPRIANO, Carlos (28 de Outubro de 2010). «Variante de Alcácer inaugurada "temporariamente"». Público. Consultado em 13 de Setembro de 2012. Arquivado do original em 2 de novembro de 2010
- ↑ «Linha Sul vai continuar interrompida após descarrilamento de comboio de mercadorias». Público. 27 de Outubro de 2010. Consultado em 13 de Setembro de 2012[ligação inativa]